29/08/2020

100 Livros Portugueses do Século XX

1. A Cidade e as Serras (1901) – Eça de Queirós
2. Gente Singular (1909) – Manuel Teixeira Gomes
3. Marânus (1912) – Teixeira de Pascoaes
4. Húmus (1917) – Raul Brandão
5. Pedro o Cru (1918) – António Patrício
6. Terras do Demo (1919) – Aquilino Ribeiro
7. Clepsidra (1920) – Camilo Pessanha
8. Ensaios (1920) – António Sérgio
9. Canções (1922) – António Botto
10. Poemas de Deus e do Diabo (1925) – José Régio
11. A Selva (1930) – Ferreira de Castro
12. Charneca em Flor (1931) – Florbela Espanca
13. Gladiadores (1934) - Alfredo Cortês
14. Mensagem (1934) – Fernando Pessoa
15. A Criação do Mundo (1937) – Miguel Torga
16. Sedução (1937) – José Marmelo e Silva
17. Nome de Guerra (1938) – Almada Negreiros
18. Contos Bárbaros (1939) – João de Araújo Correia
19. Gaibéus (1939) – Alves Redol
20. Solidão / Notas do Punho de Uma Mulher (1939) – Irene Lisboa
21. Apenas uma Narrativa (1942) – António Pedro
22. O Barão (1942) – Branquinho da Fonseca
23. Historiazinha de Portugal (1943) -  Adolfo Simões Müller
24. Noite Aberta aos Quatro Ventos (1943) – Adolfo Casais Monteiro
25. Mau Tempo no Canal (1944) – Vitorino Nemésio
26. O Caminho da Culpa (1944) – Joaquim Paço D’Arcos
27. O Dia Cinzento (1944) – Mário Dionísio
28.  Poesia (1944) – Sophia de Mello Breyner Andresen
29. Poesias (1944)– Álvaro de Campos
30. Odes (1946) – Ricardo Reis
31. Poemas (1946) – Alberto Caeiro
32. Poesias (1946) – Mário de Sá-Carneiro
33. A Toca do Lobo (1947) – Tomás de Figueiredo
34. Ossadas (1947) – Afonso Duarte 
35. As Mãos e os Frutos (1948) – Eugénio de Andrade
36. Poesia I (1948) - José Gomes Ferreira
37. Retalhos da Vida de Um Médico (1949) – Fernando Namora
38. A Secreta Viagem (1950) – David Mourão-Ferreira
39. O Fogo e as Cinzas (1953) – Manuel da Fonseca
40. Pelo Sonho é que Vamos (1953) – Sebastião da Gama
41. A Sibila (1954) – Agustina Bessa-Luís
42. História da Literatura Portuguesa (1955) – António José Saraiva / Óscar Lopes
43. Movimento Perpétuo (1956) – António Gedeão
44. Dimensão Encontrada (1957)– Natália Correia
45. Pena Capital (1957) – Mário Cesariny
46. Teatro (1957) – Bernardo Santareno
47. A Origem (1958) – Graça Pina de Morais
48. Léah (1958) – José Rodrigues Miguéis
49. No Reino da Dinamarca (1958) – Alexandre O’Neill
50. A Cidade das Flores (1959) – Augusto Abelaira
51. Bastardos do Sol (1959) – Urbano Tavares Rodrigues
52. Tanta Gente, Mariana… (1959) - Maria Judite de Carvalho
53. A Colher na Boca (1961) – Herberto Helder
54. Felizmente Há Luar! (1961) – Luís de Sttau Monteiro
55. O Palhaço Verde (1961) – Matilde Rosa Araújo
56. Rumor Branco (1962) – Almeida Faria
57. Xerazade e os Outros (1964) – Fernanda Botelho
58. A Torre da Barbela (1964) – Ruben A.
59. Praça da Canção (1965) – Manuel Alegre
60. Estou Vivo e Escrevo Sol (1966) – António Ramos Rosa
61. Teoria da Literatura (1967) – Vítor Aguiar e Silva
62. O Delfim (1968) – José Cardoso Pires
63. A Noite e o Riso (1969) – Nuno Bragança
64. As Aves (1969) – Gastão Cruz
65. Maina Mendes (1969) – Maria Velho da Costa
66. Peregrinação Interior (1971) – António Alçada Baptista
67. A Raiz Afectuosa (1972) – António Osório
68. Novas Cartas Portuguesas (1972) – Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa
69. Os Sítios Sitiados (1973) – Luiza Neto Jorge
70. Paisagens Timorenses com Vultos (1974) – Ruy Cinatti
71. Toda a Terra (1976) – Ruy Belo
72. O Que Diz Molero (1977) – Dinis Machado
73. Finisterra (1978) – Carlos de Oliveira
74. O Labirinto da Saudade (1978) – Eduardo Lourenço
75. Rosa, Minha Irmã Rosa (1979) - Alice Vieira
76. Sinais de Fogo (1979) – Jorge de Sena
77. Instrumentos para a Melancolia (1980) – Vasco Graça Moura
78. Uma Exposição (1980) – João Fernandes Jorge, Joaquim Manuel Magalhães, Jorge Molder
79. O Silêncio (1981) – Teolinda Gersão
80. Livro do Desassossego (1982) – Fernando Pessoa / Bernardo Soares
81. Memorial do Convento (1982) – José Saramago
82.  Os Universos da Crítica (1982) – Eduardo Prado Coelho
83. Para Sempre (1983) – Virgílio Ferreira
84. Amadeo (1984) – Mário Cláudio
85. Um Falcão no Punho – Diário I (1985) – Maria Gabriela Llansol
86. Adeus, Princesa (1986) – Clara Pinto Correia
87. As Moradas 1 & 2 (1987) – António Franco Alexandre
88. O Medo (1987) – Al Berto
89. Gente Feliz com Lágrimas (1988) – João de Melo
90. O Pequeno Mundo (1988) – Luísa Costa Gomes
91. A Ilha dos Mortos (1991)– Luís Filipe Castro Mendes
92. A Musa Irregular (1991) – Fernando Assis Pacheco
93. Um Canto na Espessura do Tempo (1992) – Nuno Júdice
94. Um Deus Passeando Pela Brisa da Tarde (1994) – Mário de Carvalho
95. Vulcão (1994) – Luís Miguel Nava
96. Guião de Caronte (1997) – Pedro Tamen
97. Geórgicas (1998) – Fernando Echevarria
98. O Vale da Paixão (1998) – Lídia Jorge
99. Cenas Vivas (2000) – Fiama Hasse Pais Brandão
100. Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000) – António Lobo Antunes
*Jornal Público - 27 abr 2002

18/08/2020

Extensão do Domínio da Luta

"Num sistema económico perfeitamente liberal, alguns acumulam fortunas consideráveis; outros improdutivos estão no desemprego e na miséria. Num sistema sexual perfeitamente liberal, alguns têm uma vida exótica e excitante; outros estão reduzidos à masturbação e à solidão. O liberalismo económico é uma extensão do domínio da luta, a sua extensão a todas as idades da vida e a todas as classes da sociedade. Do mesmo modo que o liberalismo sexual é a extensão do domínio da luta, a sua extensão acontece em todas as idades da vida e a todas as classes da sociedade. No plano económico, Raphaël Tisserand, pertence à classe dos vencedores; no plano sexual, à dos vencidos. Há quem ganhe em ambos os lados, há também quem perca nos dois. As empresas disputam entre si alguns jovens licenciados; as mulheres disputam alguns jovens homens; os homens disputam algumas mulheres; o problema e a agitação são consideráveis."
Michel Houellebecq – "Extensão do Domínio da Luta" - 1994