16/10/2009

A Questão da Água

Infelizmente o debate autárquico não incidiu sobre algumas questões essenciais, designadamente a questão da água. Parece-me, que passados quase 5 anos da privatização de 49% do capital da Agere, será de toda a pertinência reflectir sobre diversos aspectos que permanecem desconhecidos:
1 – O que levou Mesquita Machado a mudar completamente a sua opinião sobre a privatização de determinados serviços públicos?
2 – Porque é que se privatizou 49% da Agere em 2005 por 26,5 milhões de euros, quando se recusou em 1999 uma proposta de 12 milhões de contos (60 milhões de euros) para a concessão do serviço de abastecimento de água? Para esta análise deve ainda ser tida em conta a participação maioritária na Braval, o aumento acumulado do número de clientes e a capitalização dos 60 milhões de euros ao longo de 6 anos.
3 – Quais foram as contrapartidas para os bracarenses desta privatização? - O que é que foi feito com o montante recebido da privatização? – Valeu a pena?
4 – Qual foi a evolução dos preços das tarifas e serviços praticados pela Agere ao longo destes últimos anos? – A qualidade do serviço prestado às populações melhorou?
5 – Conjugar a análise dos preços praticados pela Agere e os valores das indemnizações compensatórias pagas pela Câmara de Braga à Agere e verificar o valor final da factura paga pelos bracarenses.
6 - Analisar a evolução das indemnizações compensatórias pagas pela Câmara e o valor dos dividendos (lucros) distribuídos aos accionistas privados.
Estas e muitas outras questões necessitam de uma análise urgente. São estas questões que interessam a todos os bracarenses, certamente muito mais que a organização de excursões à Malafaia.

Sem comentários: