Oh, sol, praias, ilhas sob os alísios, juventude cuja lembrança desespera!"
18/12/2022
A Queda
Oh, sol, praias, ilhas sob os alísios, juventude cuja lembrança desespera!"
10/11/2022
28/10/2022
Intervenções
Contrariamente ao reaccionário, o conservador não tem nem heróis nem mártires; se não salva ninguém também não faz vitimas, não haverá nele nada, em suma, de particularmente heroico; mas será, é um dos seus encantos, um individuo muito pouco perigoso.”
27/08/2022
05/08/2022
Realismo Capitalista
30/07/2022
16/07/2022
Uma Abelha na Chuva
12/07/2022
12/06/2022
Fahrenheit 451
07/06/2022
06/05/2022
Lanzarote
23/04/2022
01/04/2022
Van Gogh, o Suicidado da Sociedade
Só pintor, van Gogh, e nada mais,
nada de filosofia, mística, ritual, psicurgia
ou liturgia,
nada de história, literatura ou poesia,
estão pintados os seus girassóis de ouro trigueiro; estão pintados como
girassóis e pronto,
mas agora temos de voltar a van Gogh para
entender um girassol ao natural, tal como se
não pode já, para compreender uma tempestade ao natural
um céu tempestuoso,
uma planície ao natural,
deixar de voltar a van Gogh.
24/03/2022
16/03/2022
A China Fica ao Lado
23/02/2022
Submissão
11/02/2022
15/01/2022
A Arte e a Morte
“Também havia uma arcada de
sobrancelhas como céu todo a passar por baixo, verdadeiro céu de violação,
rapto, lava, tempestade, raiva, quer dizer céu teologal ao máximo. Um céu em
arco alto como a trombeta dos abismos, como cicuta bebida em sonhos, um céu
contido em todos os frascos da morte, o céu de Heloísa acima de Abelardo, um
céu de apaixonado suicídio, um céu que tinha as raivas todas do amor.
Era um céu de pecado
protestante, pecado que o confessionário retinha, pecado como os que pesam na
consciência dos padres, verdadeiro pecado teologal.
E agradava-me.
Ela servia numa taberna de
Hoffmann, mas criadinha devassa e ramelosa, devassa e mal lavada criadinha.
Passava por água os pratos, fazia despejos e camas, varria quartos, sacudia baldaquinos
e despia-se à frente da janela como todas as criadas de todos os contos de
Hoffmann.”
Antonin Artaud – “A Arte e a Morte” - 1985