"Gostava dos Jardins Johston, onde dançavam, em que um negro trágico
proporcionava uma música cheia de ansiedade e dolorida num saxofone, até que
tudo se tornava numa selva encantada de ritmos bárbaros e risos esfumaçados, e
esquecer a passagem do tempo monótono nos doces suspiros e ternos murmúrios de
Dorothy era a consumação de todas as aspirações, de todo o contentamento.
Havia uma vaga tristeza nela, uma evasão consciente de tudo, excepto das minúcias agradáveis da vida. Os seus olhos cor de violeta continuavam, durante horas, aparentemente vazios, como se, indiferente e sem pensamentos, dormisse como uma gata ao sol. Anthony imaginava o que a mãe, cansada e desanimada, pensaria deles e se nos momentos de menos optimismo compreenderia a realidade das suas relações.
Nas tardes de domingo passeavam pelo campo, descansando por vezes na relva seca, nas proximidades de um bosque. Ali, junto dos pássaros e das violetas, à sombra fresca das árvores, indiferentes ao calor, falavam, intermitentemente, num monólogo sonolento, sem sentido e sem respostas."
Havia uma vaga tristeza nela, uma evasão consciente de tudo, excepto das minúcias agradáveis da vida. Os seus olhos cor de violeta continuavam, durante horas, aparentemente vazios, como se, indiferente e sem pensamentos, dormisse como uma gata ao sol. Anthony imaginava o que a mãe, cansada e desanimada, pensaria deles e se nos momentos de menos optimismo compreenderia a realidade das suas relações.
Nas tardes de domingo passeavam pelo campo, descansando por vezes na relva seca, nas proximidades de um bosque. Ali, junto dos pássaros e das violetas, à sombra fresca das árvores, indiferentes ao calor, falavam, intermitentemente, num monólogo sonolento, sem sentido e sem respostas."
F. Scott Fitzgerald - “Belos e Malditos” – 1922
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