25/08/2014

Os erros dos médicos

“Alguns dos erros mais frequentes devem-se ao facto dos médicos simplesmente terem deixado de observar os doentes com atenção. Acrescentem a essa falta de atenção uma tendência para apressar o tempo das consultas – os incentivos económicos e as pressões para ver mais pacientes em menos tempo são enormes – e os erros cognitivos tornam-se habituais. Quando colocados perante uma grande pressão em termos de tempo, os médicos irão forçosamente confiar cada vez mais em atalhos deste tipo para fazer as suas avaliações. O reconhecimento de um padrão com base numa avaliação instantânea do doente vai tornar-se a norma.
Na realidade, a capacidade para realizar diagnósticos instantâneos já é uma competência admirada entre os médicos.”
“Nos seus contactos com os pacientes, independentemente dos incentivos financeiros para serem mais eficientes e produtivos, os médicos devem tentar ser sistemáticos e meticulosos, quando tomam nota da história do paciente e realizam os exames clínicos. Os atalhos são perigosos. Pensar exige tempo.”
Jerome Groopman – “How Doctors Think” – 2007 [tradução livre] – Foto: Pedro Guimarães

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