02/07/2009

O cinema no Teatro Circo

Em 21 de Janeiro de 2007, os jornais locais destacavam o regresso das sessões de cinema ao Teatro Circo. A novidade era anunciada por Rui Madeira, para o efeito investido nas suas funções de Administrador da casa, por ocasião de uma visita guiada a alguns membros da Assembleia Municipal de Braga. Acrescentava que “o cinema é uma valência histórica do Theatro Circo” e que estavam já em curso negociações com uma empresa distribuidora de filmes.
Rui Madeira garantia ainda que o regresso das projecções de cinema era uma ideia consensual no seio do Conselho de Administração e concluía afirmando que “daqui a dois ou três meses, voltamos a ter cinema no Theatro Circo.”
Pois bem, passaram quase três anos e cinema no Theatro Circo é o que se sabe – nada, se exceptuarmos o Fast Forward Film Festival de 2008, organizado pela Velha-a-Branca.
Vem isto a propósito da assinatura dos protocolos de co-financiamento do Programa Operacional do Norte, realizada no passado dia 30 de Junho que contempla uma verba de 148.590,00 euros para “a instalação de equipamento para projecção de cinema no Theatro Circo.” Pelos vistos, eram necessários pelo menos cerca de 30.000 contos para voltar a projectar cinema no Teatro Circo e o Sr. Madeira ignorava tal facto quando prometeu solenemente o regresso do cinema no prazo de dois ou três meses.
Não deixo de ficar espantado com a total irresponsabilidade e impunidade com que se fazem promessas que depois não são cumpridas, ainda para mais feitas por uma pessoa que tem a obrigação de conhecer a realidade da instituição melhor do que ninguém.

2 comentários:

Bourbonese disse...

E não foi a única falha... Infelizmente para nós, bracarenses.
Bons tempos em que vi cinema no TC. Um dos filmes que lá vi foi o Eraserhead de Lynch, numa altura em que as condições não eram propriamente as melhores.

erradiador disse...

vi centenas de filmes no Teatro Circo e no Estúdio, desde sempre. mesmo depois, quando passavam os filmes num buraco improvisado no 1.º andar continuei a ir, embora menos frequentemente. e por fim, menos frequentemente ainda quando o cinema passou para o espaço alternativo PT. o eraserhead do lynch foi gloriosamente projectado na sala principal do Teatro Circo e foi aí também a primeira vez que o vi.