26/04/2008

Moneyland Record$

No final de 1991 surgiu na revista do jornal Expresso um anúncio de página inteira que dava conta das edições para o ano seguinte de uma editora desconhecida até à data, com o sugestivo nome de Moneyland Records. Tratava-se de um anúncio fictício da autoria de João Paulo Feliciano composto por 10 discos que o artista/músico gostaria que fossem editados.
O que nasceu como um projecto artístico pontual para as páginas da revista, materializou-se um ano depois numa editora independente com o mesmo nome. O primeiro lançamento foi um triplo single com 6 temas de bandas emergentes - Tina and The Top Ten, Red Beans, Lulu Blind, Cosmic City Blues, More República Masónica, Lesma.
A apresentação ao vivo desta edição deu-se nos espectáculos "Moneyland Comes Alive" realizados em Lisboa e Viseu.
No Verão de 1993 seguiram-se mais duas edições no mesmo formato de 7'' single - “Everslick” dos Tina and The Top Ten e “4 songs” dos Red Beans.
A dimensão editorial associada a uma forte componente gráfica resultante do trabalho dos responsáveis da editora, os artistas Rui Toscano e J. Paulo Feliciano em conjunto com o irmão Mário Feliciano originou um projecto mais globalizante denominado Secretonix no qual a editora se integrou.
O primeiro lançamento em CD deu-se em 1995 com a gravação do célebre concerto dos Sonic Youth no Campo Pequeno com os Lulu Blind e os Tina and The Top Ten a fazerem a abertura. O disco autorizado pela banda norte-americana teve uma tiragem de 1250 exemplares parte dos quais distribuídos no fanclub oficial da banda. A mistura da gravação do concerto ficou a cargo de Rafael Toral e o nome adoptado para o disco - "Blastic Scene" – foi recuperado do anúncio original publicado no jornal Expresso.
Ainda em 1995 sai a segunda edição em formato digital, o disco dos No Noise Reduction - "The Complete NNR", projecto de João Paulo Feliciano e Rafael Toral. A capa do disco é, novamente, recuperada do projecto imaginário publicado anos antes no Expresso.
No mesmo ano sai o último registo publicado pela Moneyland Records “Wave Field” do guitarrista Rafael Toral, que foi reeditado em 1998 por uma editora norte-americana. A imagem da capa do disco remete imediatamente para a capa de “Loveless” dos My Bloody Valentine, levando a experiência sónica para novos limites.

20/04/2008

city sickness

Trindade - Porto - Setembro 2007

17/04/2008

Miradouro da Lua

Bengo - Angola - Dezembro 2007

12/04/2008

SWATCH - "Tempo Libero"

O relógio que destaco desta vez é o “Tempo Libero” da autoria do grande designer italiano Bruno Munari. Conheci as ideias e os trabalhos de Munari através da Prof. Manuela Gregório nas aulas da Secundária Carlos Amarante. Li de rajada em finais dos anos 80, “Das Coisas Nascem Coisas” e “Artista e Designer” publicados pelas Edições 70, livros determinantes na forma como passei a perspectivar a arte, o design, a estética, etc.
Bruno Munari foi professor, artista, designer gráfico e industrial, autor de diversos livros de ensaio e para a infância, conviveu com os futuristas em Itália e com os surrealistas em Paris, fundou o Movimento Arte Concreta, legou uma obra monumental e multifacetada que faz dele uma das personalidades mais interessantes do último século.
O derradeiro trabalho realizado por Munari foi o Swatch “Tempo Libero” onde expressa todo o seu humor e sentido lúdico, num relógio cujos números impressos em pequenos discos soltos movem-se livremente contrariando a rigidez do tempo - "L'ora che vogliamo noi, a ogni nostro gesto".
Modelo: “Tempo Libero” (GN 172) - 1997
Autor: Bruno Munari (Milão, 1907 – 1998)
Colecção: Swatch Artist’s Collection (Edição Limitada)

06/04/2008

14/05/1993 - Braga - Teatro Circo
"Uma espectadora sobe ao palco e tenta sexo oral com Adolfo Luxúria Canibal. A sala, esgotada, ficou semi-destruída no fim do concerto."
"A 'digressão' associada ao álbum (Mutantes S.21) proporcionou concertos que ficaram na história da banda, como é o caso do concerto em Braga, no Teatro Circo, tendo a sala ficado semi-destruída (nem o enorme candeeiro resistiu!). «Os Mão Morta não têm culpa nenhuma da destruição do Teatro Circo, ninguém tem culpa, são coisas que acontecem e o Presidente da Câmara mostrou-se perfeitamente compreensivo... aliás disse que preferia ter o Teatro Circo destruído, mas depois de uma enchente do que ter o Teatro Circo eternamente vazio» (Adolfo Luxúria Canibal)."
Texto retirado da página oficial dos Mão Morta